sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CRISTÃO OU MEMBRO?



O milagre do novo nascimento está sendo entendido como um processo mecânico e sem vida. Parece que o exercício da fé já não abala a estrutura moral do homem, nem modifica a sua velha natureza. É como se ele pudesse aceitar a Cristo sem que, em seu coração, surgisse um genuíno amor pelo Salvador (A.W.Tozer).
Num tempo de crise em torno do que venha a ser um pastor, é certo que uma das grandes sequelas latentes é a crise do ser cristão. O que vem a ser isso? Seria possível um homem que não tem sede e fome de Deus ser considerado um cristão, um discípulo de Cristo? Será que basta levatar a mão e dizer “aceitei a Cristo em meu coração”?
Não quero entrar em ideologismos rebuscados, nem mergulhar num abismo negativista e saudosista acerca da Igreja que temos nos tornado. Mas também não podemos caminhar na auto-ilusão de que as coisas vão melhorar, numa má compreensão do jargão “o melhor ainda está por vir”.
O fato é que as igrejas tem nadado de braçada no mesmo rumo da sociedade em que está inserida. Ser cristão deveria ser sinônimo de gente que não se entrega ao pecado, aliás, o que vem a ser pecado, já que tudo está relativizado? A crise de absolutos faz com que a Palavra de Deus seja a maior ferramenta nas mãos dos estelionatários da fé. Há uma pandemônio ente forma e essência, entre ser e ter e, como disse um amigo blogueiro (www.ramonsdacosta.blogspot.com), a máxima que o ministério pastoral tem seguido é “penso logo qualquer coisa”. Qualquer coisa mesmo: animador de plateia; curandeiro que deveria dar plantão em uma UTI, ao invés de se enfurnar numa igreja e apenas dar um plantão diário de 2 ou 3 horas; promotor de pirâmides de network marketing; entre outras variações daquilo que se chama, hoje, de ministério pastoral.
Com tantos exercícios de uma fé extra bíblica de sucesso de massa, o resultado não poderia ser muito diferente do que temos hoje. Pessoas vazias enxendo os templos, mas que não sabem nem mesmo qual a razão da sua própria fé. A instituição igreja nunca esteve tão cheia de gente sem convicção da própria salvação - e que nem ao menos sabem o que isto significa direito -, mas que conhecem bem todas as fórmulas místicas de como se espremer as pseudopromessas, numa verdadeira cabala evangélica.
O mundo está carente de ouvir a voz profética da Igreja de Cristo, que diz:
- Arrependam-se dos seus pecados, enquanto o Reino está acessível. Hoje temos o advogado, Jesus Cristo, em breve Ele virá como o Juiz.

1 comentários:

André Luís disse...

o que dói é que mesmo ouvindo e vendo verdades como essas, ensistimos em dzer que estamos vivendo um grande avivamento em nosso nação.Tenha misericórdia de nós senhor jesus

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