terça-feira, 1 de maio de 2012

O VALOR DA PALAVRA PROFÉTICA 2


“Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem estátua, e sem éfode ou terafim. Depois tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao SENHOR seu Deus, e a Davi, seu rei; e temerão ao SENHOR, e à sua bondade, no fim dos dias” (Os 3. 4, 5).
Certamente você já se perguntou por que Israel tem uma história tão conturbada. Pela Palavra, posso lhe afirmar que eles continuarão assim até o “fim dos dias”. Mas também sou convicto de que Deus sempre esteve presente na vida daquele povo, assim como hoje, está presente na vida da Noiva de Cristo e continua governando toda a história, até que chegue Aquele Dia.
Mas vamos buscar um pouco mais de entendimento acerca do porquê Oséias e todos os demais profetas terem sido tão precisos, no que se refere aos fatos históricos que (do nosso ponto de vista) já aconteceram e daqueles que ainda acontecerão.
Vimos, no post anterior, que o povo de Daniel está cego para a Palavra Profética. É certo que há exceções, como Simeão e Ana (Lc 2. 25-38), por exemplo. E esses parcos exemplos servem para nos confirmar a verdade exposta em Dn 12. 4, 9.
Paradoxalmente, o povo que deveria enxergar também está cego (Ap 22. 10), mas isso é para se cumprir a profecia em Ap 3. 14-22.
Voltando a Daniel, mas agora no capítulo 9, do 22 ao início do 24:
“Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão.”
Assim, como acabamos de ler, se quisermos “entender a visão” e “entender o sentido”, temos que obedecer a mesma ordem que foi dada a Daniel: “considera a Palavra”. Portanto, sigamos os passos de Daniel, que aprendeu com Jeremias: “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos (Dn 9. 2).
Então vamos ao profeta com quem Daniel aprendeu, Jr 25. 10 - 12:
“E farei desaparecer dentre eles a voz de gozo, e a voz de alegria, a voz do esposo, e a voz da esposa, como também o som das mós, e a luz do candieiro. E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniquidade, e a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas.”
Antes de Daniel, Jeremias já havia entendido que Israel permaneceria no cativeiro por 70 anos. Mas qual foi a desobediência que esse povo cometeu para que ficassem escravos por tanto tempo? 
“E os que escaparam da espada levou para Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia. Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram(2Cr 36. 20, 21).
Agora sim ficou claro! Talvez você esteja pensando: Mas nem tanto.
Bom, que Israel deveria passar 70 anos no cativeiro, isso já havia ficado claro desde Daniel e, mais ainda, em Jeremias. Mas o porquê só podemos discernir aqui: até que a terra se agradasse dos seus sábados”. Para que entendamos a visão e o sentido da profecia, precisamos entender o que Daniel entendeu e, assim, tudo vai ficando mais claro, a medida que aprendemos a estudar o que Daniel estudava, o Antigo Testamento.
Acabamos de verificar que ao Senhor devolveu para terra os seus sábados roubados por Israel; “Também eu me lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e também da minha aliança com Abraão me lembrarei, e da terra me lembrarei (Lv 26. 42). Compare com até que a terra se agradasse dos seus sábados”, que acabamos de ler em 2º Crônicas.
Meus amigos! Quando lembrarmos da Palavra que diz:  “Deus é fiel”. Devemos temer e tremer, antes de celebrar. Falta temor de Deus em nossa geração. Sim, Deus é fiel, mas fiel a quê? Fiel a Sua Palavra! Ele prometeu que lembraria das suas alianças e da terra, caso Israel se esquecesse delas. E o Eterno não esquece suas alianças:
“Falou mais o SENHOR a Moisés no monte Sinai, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao SENHOR (Lv 25. 1, 2).
Os hebreus entraram na terra, se fartaram, se alegraram, desfrutaram das bênçãos do Senhor. Assim como muitos de nós fazemos hoje. Entretanto, havia uma aliança firmada pelo Senhor com o seu povo. Ele cumpriu o que profetizou e eles entraram na terra. Mas, lamentavelmente, o povo se esqueceu a aliança que fizeram com o Seu Deus.
Porém, se um sábado corresponde a um dia por que eles pagaram 70 anos de dívida? Considera, pois, a palavra, e entende a visão”, desde Levítico 25:
“Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos; Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega, não colherás, e as uvas da tua separação não vindimarás; ano de descanso será para a terra” (vv. 3 - 5)
Não são sete dias, são sete anos! Israel ‘se esqueceu’ de guardar a terra, um sábado (um ano) a cada seis anos. Esse foi o conceito resgatado por Jeremias e por Daniel, ao entenderem as profecias. Uma semana não se tratava de sete dias, mas de sete anos! Por isso, depois de roubarem da terra 490 anos sem guardar o sábado do Senhor, esse mesmo Senhor, Fiel, se lembrou da terra (Lv 26. 42) e - como a matemática não mudou daqueles dias até hoje - Israel foi tirado da terra por 70 anos (490 anos ÷ 7)até que a terra se agradasse dos seus sábados.
Pronto. Irmão em Cristo, assim como Daniel foi obrigado a parar e voltar às veredas antigas, estudar e entender a Palavra de Deus, assim também você fez hoje, até que pudesse discernir e ter o mesmo referencial dos profetas. Agora, você pode dizer o que ele disse: “eu, Daniel [e também você], entendi pelos livros.
Agora, você está habilitado a voltar ao início e “entender” a visão e o sentido de Dn 9. 22 - 27 e 12. 1, sem nem mesmo precisar de ler a próxima postagem que dará continuidade ao assunto. 

O VALOR DA PALAVRA PROFÉTICA



Que a cristandade continua alheia a Palavra de Deus, isso não é novidade. E que as mensagens continuam construindo ilusões de castelo de areia, usando para isso a própria Bíblia, isso também não é novo. Então, se arriscar em escrever em um blog sobre Palavra Profética, isso é pedir para que quase ninguém leia essa matéria ou, ainda, nem mesmo volte a visitar essa página.
Mas, como estamos falando de um assunto que, se condensado, somam 6.408 versículos, dos quais 3.268 já foram literalmente cumpridos, julgo que vale à pena escrever sobre a Palavra Profética.
Antes, um parágrafo esclarecedor:
Há pouco mais de 10 anos, aprendi que cerca de 30% da Bíblia não pode ser desconsiderada e tido como um assunto banal e que não faça diferença na interpretação de todos os livros e cartas, ali contidos. Do contrário, penso que perdi tempo em não estudar a Palavra Profética mais a sério e que todos os cristãos deveriam saber que não há outro assunto que tome um volume tão significativo na Bíblia, pois estamos falando de ⅓ das Escrituras. Experimente sacar a terça parte do seu corpo…. E por que fazemos isso com a Palavra de Deus? Creio que o entendimento da Palavra profética faz total diferença na vida das pessoas; em como distinguimos o que é sagrado, os ensinos maliciosos e egocêntricos (sem nos iludir com a pressão da mídia evangélica), aprendemos a valorizar o que é eterno, em detrimento do que é temporal, e o porquê do cristão não viver de sobressaltos pelos acontecimentos dos tempos do fim.
Vamos começar observando a diferença entre o entendimento da Palavra Profética para a Igreja de Cristo e para o povo de Daniel. E, na próxima postagem, continuaremos a nos aprofundar nesse mesmo assunto, tão essencial para discernirmos as Escrituras e o seu cumprimento.
“E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro” (Dn 12.1).
Perceba que, quando Deus falou especificamente para o povo de Daniel — ainda não existia a Igreja de Cristo. Há uma profecia para aquele povo! Temos que aprender a discernir o que Deus fala para nós, os gentios. E, se a Palavra de Deus é confiável, tudo o que está nela será cumprido (Is 46. 9, 10). E, ainda, quem professa crer em Jesus, crê na Palavra que leva o Seu próprio nome (Ap 19. 13). Pois, se Deus cumpriu com todos os 332 versículos que falam sobre a primeira vinda do Messias, por que deixaria de cumprir, com cada riqueza de detalhe, acerca do arrebatamento, da última semana da vida de Israel, da segunda vinda do Messias, do milênio e da Eternidade?
Ao final do próximo post, o objetivo é a compreensão completa de Dn 12.1. No momento, vejamos o que diz Dn 12. 4: E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará. Agora, compare com que o próprio Senhor Jesus diz em Ap 22. 10: E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.
Irmãos em Cristo, se até agora as minhas palavras não lhes convenceram do valor da Palavra Profética, concito-os a reler e verificarem a gigantesca diferença entre o entendimento que a Noiva de Cristo deveria ter, sobre deste assunto, e o entendimento que o povo hebreu tem, até os dias de hoje e “até ao tempos do fim” (vide também Dn 12. 9).
Enfim, àqueles que perceberam a importância, como Corpo de Cristo, de discernirem os tempos e valorizarem a Palavra Profética, a próxima publicação será seguimento dessa. Aguardem.

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