"porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível"
(Mateus 17:20)
(Mateus 17:20)
Essa é a fé que une os cristãos desde o pentecostes: que Deus enviou seu Filho unigênito para que se tornasse o primogênito, de uma grande família de filhos semelhantes a Jesus
Mas quando o assunto é a fé além da fé salvífica as opiniões se multiplicam e as divergências florescem até mesmo dentro de uma mesma comunidade local.
Isso porque a fé cristã é explorada de maneira egocêntrica, é negociada, mercadejada e isso tem trazido confusão desde os tempos em que ainda estava sendo escrito Atos dos Apóstolos. Portanto, esse é mais um daqueles assuntos em que depende do prisma em que se observa, de quem está exercendo, qual o propósito e em que se infunde fé.
Por essa razão também é um tema que muitos preferem não comentar e outros, ainda, não se importam em saber e viver mais profundamente essa experiência tão distinta e tão essencial para o cristão.
Vejamos como a Bíblia explica a própria Bíblia:
“Mais outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescido, é a maior das hortaliças e faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu vêm pousar nos seus ramos” (Mt 13. 31, 32).
Será que o Senhor estava focando o tamanho da fé (da semente) ou seria o desenvolvimento que a nossa fé pode ou deve alcançar (até chegar a ser como uma árvore)? Será que vale a pena entrar em uma seara como esta ou seria melhor deixar que cada um tenha sua opinião, dentro do seu entendimento do texto e 'deixa a vida levar'?
Creio que se Deus permitiu qualquer assunto dentro de sua Palavra, ele deve ser compreendido com esforço, pois o Espírito Santo nos trará o discernimento. E quando um versículo trata das palavras proferidas pelo próprio Senhor Jesus, também chamado de Palavra de Deus (Ap 19.13), creio que a nossa atenção deva ser ainda maior, bem como a humildade de pedir que o Espírito Santo nos ajude a chegar a plena compreensão e prática da Palavra do Senhor.
E por isso, depois de ter ouvido tanta coisa diferente nesse curto tempo de peregrinação que tenho como cristão, vejo a importância de se compreender que essas palavras de Cristo estão nos ensinando e nos exortando quanto ao desenvolvimento da nossa fé.
Portanto, não se trata do tamanho da fé que temos, mas de ter a fé que Ele nos coloca a disposição e cultiva-la, como a um grão de mostarda, que é a menor das sementes de hortaliça (conhecida naquele região), mas que se torna a maior delas, ao se desenvolver.
Portanto, não se trata do tamanho da fé que temos, mas de ter a fé que Ele nos coloca a disposição e cultiva-la, como a um grão de mostarda, que é a menor das sementes de hortaliça (conhecida naquele região), mas que se torna a maior delas, ao se desenvolver.
Inicialmente, assim também é a nossa fé em Cristo e em sua Palavra, insignificante no seu tamanho, mas suficiente para a salvação de todo aquele que n’Ele crê. Contudo, Jesus nos dá o caminho que devemos seguir quanto a fé. Precisamos dessa semente que Ele mesmo nos provê, mas há a necessidade de planta-la próxima da fonte das águas (a Palavra), aduba-la e desenvolve-la até que amadureça.
Creio que o labor de cada pastor-mestre que o Senhor chama, prepara e constitui autoridade espiritual, em uma comunidade local, seja exatamente esse. É triste constatar que muitos se perdem em questões periféricas e a fé é mal ensinada, mal trabalhada e as pessoas deixam de amadurecer e alcançar a estatura de varão perfeito, almejada pelo nosso Senhor a cada um de seus filhos.
O meu intento é que você e eu possamos andar nos caminhos que a graça nos proveu, nos humilhando diante do Pai, clamando assim como os discípulos fizeram diante de Cristo:
“Acrescenta-nos a fé” (Lc 17.5).
Pense nisso.