sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

SALVOS? DO QUE?



Salvação é uma questão de fé ou um fato e uma necessidade universal?

Penso que antes de se chegar a uma conclusão, há necessidade de se compreender ‘salvos do quê?’. Pelo menos essa era uma pergunta que eu sempre me fazia, afinal, nunca roubei, nem matei, nem adulterei. Mentirinha é coisa corriqueira, isso não é nada - pelo menos era assim que eu pensava.

O nosso problema é centralizar a nossa existência em nós mesmos, esquecendo daqueles que nos antecederam e olhando apenas para frente. Ao bem da verdade, isso não acontece em todos os casos, pois quem nunca sonhou em receber uma boa herança? Pois é, assim como os benefícios familiares, também arcamos com heranças que não gostaríamos de recebe-las. Contudo, não somos nós quem escolhemos algumas coisas que levamos para toda vida, como o próprio nome, o próprio corpo e suas tendências e limitações que vem de família, o temperamento, nascer pobre, rico, dívidas, etc.

Até aqui tudo bem, são coisas tangíveis, de fácil compreensão. Mas e as heranças imateriais, as da alma, as espirituais, entre outras? Essas entram em um campo de infinitas teorias e discussões. Portanto, quem sou eu (ou qualquer outro) para por um ponto final nesse assunto?

Por isso escolhi tratar de algo que é conhecido de todos: “Olho por olho e dente por dente”. Essa era a lei incontestável e confirmada pela história da humanidade. Mas, ao contrário do que muitos possam pensar, essa lei não era má ou vingativa. Ela trazia um grande benefício, que era proteger a sociedade da desproporcionalidade da pena.

Naturalmente, uma pessoa ofendida não revida com a mesma força, do contrário, se procura causar um dano ainda maior. E isso não é coisa do passado, pois quantos homens são traídos e no seu ódio matam os envolvidos? E quantas são as discussões de trânsito que viram tragédias diariamente? O fato é que essa era a lei conhecida e não contestada.

O homem foi criado perfeito, feito para se relacionar com o seu Criador, para trabalhar, para cuidar de sua família em amor. Mas, segundo o que narra a Palavra de Deus, a criação se rebelou contra o criador. Desejou ser como Deus e conheceu a morte espiritual, que é estar afastado da presença do Deus, e posteriormente a morte física também. Essa foi a paga pelo erro cometido, afinal, todos os envolvidos ouviram do próprio Deus, antes de cometerem o ato de rebeldia: “certamente morrerás”. E como Deus é fiel a Sua Palavra, senão Ele seria mentiroso e, portanto, não seria Deus, veio a consequente queda do homem.

Como vimos anteriormente, o valor a ser pago por uma transgressão deve ser proporcional ao mal cometido. Portanto, para que o homem tivesse a dívida paga diante de Deus - e de todos os seres espirituais e dos próprios seres humanos -, deveria haver a morte de outro homem. Por isso o sacrifício de animais eram insuficientes, mas serviam para manter a consciência da dívida que o homem ainda tinha.

Mas como um homem pagaria pelo pecado de outro, se ele mesmo tinha a sua própria dívida? Impossível. Não havia um homem sem pecado que pagasse pelo pecado de todos os homens. E essa era a exigência tanto no mundo que vemos quanto naquele que não vemos. E, por esse motivo, o Deus que desejava a restauração do relacionamento com seus filhos trouxe a nós a Sua providência.

Ele prometeu que enviaria um Salvador, alguém em quem não havia pecado e que voluntariamente entregaria sua própria vida para pagar, de uma vez por todas, a dívida de todo homem que desse crédito a Ele. E essa foi a missão de Jesus, o Cristo (o Messias), o prometido por Deus para prover ao homem a salvação da morte eterna.

Bom, compreender a salvação é uma coisa e essa é a parte que eu tentei ajudar, até aqui. Agora, ser salvo é outra coisa e isso só pode acontecer mediante a sua fé naquele que veio ao mundo, pagou a sua dívida de morte com o Seu próprio sangue, ressuscitou (venceu a morte) e aguarda o seu passo na direção de receber essa herança. Assim, segundo a Palavra de Deus, todos que crerem poderão provar do verdadeiro e imensurável sentido da vida.

Pense nisso, mas não fique só no pensamento, tome uma atitude. Não é questão de religiosidade, é questão de vida ou morte. É questão de fé. O que está em jogo é a salvação individual e intransferível.

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